quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

O Show da Vida


Como o tempo passou!

É só uma constatação, não estou querendo dizer que passou rápido ou devagar, apenas passou. Nem nos meus melhores sonhos imaginei que aos 50 anos e comemorando bodas de prata de uma união de muito amor seria mãe de uma pré-adolescente ao mesmo tempo em que entraria na menopausa, ganharia a dádiva de ser avó e ainda voltaria ao mercado de trabalho. Ufa! Tudo ao mesmo tempo, tudo junto e misturado.

Daí eu paro e inevitavelmente penso: como sou agraciada por Deus e por isso mesmo muito grata por tudo, exatamente da forma que foi e que está sendo. Aquela história que 'depois da tempestade vem a bonança' é real, muito real.

No auge dos meus dezoito anos enfrentei uma tempestade que durou muito tempo: separação dos meus pais;  falecimento da minha mãe; abandono por parte de alguém que eu amava muito (e ainda amo) meu pai; falecimento da minha prima-irmã de uma maneira muito trágica apenas um ano depois da morte da minha mãe; um namoro conturbadíssimo com alguém que sequer queria o meu amor. Enfim, um turbilhão de acontecimentos seguido de outro turbilhão de sentimentos: medo, revolta, solidão, desespero, rancor, mágoa e todas as consequências físicas diante de tanta somatização. Essa foi a tempestade, mas Deus é pai e em meio a tudo isso Ele foi colocando anjos em minha vida, que no começo eu sequer enxerguei, mas que me ajudaram a chegar à bonança.

Primeiro o acolhimento por parte dos meus queridos padrinhos, tia Maria e tio Totó, num dos momentos mais difíceis da minha vida. Depois um emprego que me fez ganhar uma amiga-mãe-irmã, a Vera, presente em minha vida até hoje; depois uma alma gêmea, daquelas de outras vidas, uma amiga-irmã que segurou comigo todas as barras dessa tal tempestade, a Rô. Pouco tempo depois surgiu uma pessoa que arrebatou meu coração e me mostrou a diferença entre um Homem e um moleque. Sim, é com ele mesmo que estou comemorando, neste ano, bodas de prata, meu marido Paulo. Tudo isso em meio aos respingos da tempestade que, como eu  disse, durou muito tempo (exatos 14 anos).

Na sequência a realização de um sonho, o primeiro filho, o anjo da guarda que Deus me deu de presente para que ele cuidasse de mim aqui na Terra, pois eu acho que só o anjo da guarda lá do céu não estava dando conta. O sucesso profissional; a estabilidade financeira; a mudança de casa e o início da reforma íntima, que foi lenta, mas aconteceu.

Enfim, a longa tempestade de 14 anos passou, veio entendimento e consequente perdão. Como é bom perdoar. É um processo e, como todo processo, leva tempo. Finalmente entendi que não dava para ter novos desfechos agindo sempre da mesma maneira. Entendi que a mudança vem de nós e não dos outros, por isso faz todo sentido uma outra frase que ouvi muito durante a vida: seja você a mudança que quer ver no mundo!


Bom, diante de tanta mudança e do fim da tempestade, acabei abrindo espaço para novas experiências, inclusive a segunda maternidade e com ela a cereja do bolo, o anjo que deu novo significado a minha vida, Giovanna. Foi somente após  a chegada desse anjo que me senti plena e realizada e pude dizer de "boca cheia" que construí uma família.


Só gratidão. Gosto de pensar (na verdade de ter a certeza) que o Pai celestial reservou o melhor para mim e assim sendo sinto-me segura em pensar que tudo o que vier será benéfico, porque tudo traz aprendizado, todo aprendizado traz evolução e a evolução dá conta de qualquer tempestade.


E assim seguimos com o show da vida!

sábado, 20 de maio de 2017

Sempre juntos... para sempre!

Bom dia, amigos. Mas bom dia mesmo!
Nessa linda manhã de outono (minha estação preferida), levantei inspirada e corri para o computador.

Hoje é sábado e sábado é dia deles, Paulinho e Giovanna. Dia em que ficam juntos a manhã inteira, treinam, brincam, riem, se machucam de vez em quando também. Sábado é dia da atividade que elegeram para estarem mais pertinho ainda, um do outro.

Quem imaginaria, 13 anos de diferença de idade e encontraram uma atividade que os une sem diferença. Estou falando sobre "portagem".

Como é lindo observar os dois em cada movimento. Mostram o carinho mutuo, o cuidado, a alegria de estarem juntos, enfim, o amor que todos os irmãos deveriam sentir um pelo outro. Que sorte a minha.

Há momentos na vida da gente que pensamos: como poderia ter sido diferente. Também tenho irmãos e infelizmente não tenho esse convívio. Não é um lamento propriamente dito, mas uma vontade de passar momentos com eles da mesma forma que meus filhos passam momentos que levarão na memória pelo resto da vida.

Enfim, voltemos ao Paulinho e a Giovanna. Em todas as minhas orações, de todos os dias, primeiramente agradeço a Deus pela dádiva de ser mãe, depois peço que nossa família esteja sempre muito unida.

Que mesmo depois da minha partida, porque frequentemente os pais vão antes dos filhos, que meus filhos continuem unidos. Que façam escolhas individuais, é claro, mas sempre pensando em continuar próximos, amigos, confidentes, que se respeitem e se amem infinitamente.

Que um tenha pelo outro o verdadeiro amor fraterno, que é um sentimento de carinho muito forte, de dedicação, de interesse pelo outro, pela felicidade do outro. Um amor incondicional, podendo até levar a sacrifícios que só faríamos por nós mesmos. Um sentimento de dedicação absoluta, sem qualquer interesse.


Paulinho e Giovanna, é isso que desejo para vocês meus amores, meus tesouros. Que eu consiga deixar os melhores exemplos para que, no futuro, vocês possam ter em mim as melhores inspirações para com seus próprios filhos.




Beijo grande, da mãe mais feliz e grata do mundo.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Gratidão é a palavra de sempre!

Boa tarde, amigos queridos.

Nessa tarde ensolarada de sábado, sozinha em casa, ao som do canto dos pássaros, que tem aos montes por aqui, volta a vontade de escrever e contar para vocês como a vida passa rápido, como temos que viver cada dia como se fosse o último, cada momento como se fosse o melhor momento da sua vida e tratar cada pessoa com toda dignidade e respeito que você gostaria de ser tratado.

Quando abri o blog e percebi há quanto tempo eu não escrevia aqui, deu até um friozinho na barriga. No último post contei sobre a mudança do meu filho para outro Estado. E olha só, ele foi, voltou em menos de 2 anos, entrou em outra faculdade e já está indo para o terceiro ano... Ufa, como passou rápido.

Hoje ele está de volta à nossa casa, mas com muito mais coisas na bagagem, experiências vividas que levará para sempre com ele. Nem tudo foram flores, mas fez novos amigos, tem coisas boas para lembrar, outras não tão boas, mas que deixaram ensinamentos. E assim é a vida. Estamos aqui para isso, para aprender.

A melhor parte dessa história é que a Giovanna ficou super contente com a volta do irmão. Ficaram mais unidos do que já eram. O amor entre eles salta aos olhos. Que benção a minha de ter filhos tão especiais e tão companheiros.

Na primeira postagem desse blog, em 2010, eu contei em detalhes como e quando surgiu em mim a vontade de ser mãe. Foi vendo como meu irmão tratava a minha mãe, com carinho, ternura e gratidão, que decidi que queria ser mãe um dia. Só que eu nunca imaginei ter o merecimento de ter filhos tão especiais quanto foi o meu irmão.

Só tenho a agradecer a Deus por tudo na minha vida. Quando arrisco a pensar que algo não saiu do jeito que eu queria, imediatamente peço perdão a Deus e agradeço. Agradeço por ser Ele o criador da história da minha vida, porque Ele não erra. Ele não duvida das minhas capacidades, por isso me dá as provas necessárias para a minha evolução. Esses dois filhos também foram escolhidos a dedo pelo Criador para que eu evoluísse, digo isso porque aprendo com eles muito mais do que ensino.  E vejo nisso a presença de Deus.

Gratidão é a palavra de sempre.

Abraços fraternos
Ciça




segunda-feira, 4 de março de 2013

É tempo de mudança.


Olá, amigos queridos, seguidores ou mesmo aqueles que passam por aqui somente de curiosos. Hoje o assunto é muito interessante, vou falar de mudança.
Mudança mesmo, aquela de encher o caminhão (nesse caso foi só um carro) e mudar de casa, de cidade, de Estado, de hábitos, de amigos (mas conservar os velhos), enfim, início de uma nova etapa.
É do meu primogênito que estou falando, Paulinho bateu asas. Hoje, 04 de março, inicia o tão sonhado curso superior, Engenharia de Materiais, em Itajubá (MG).

Vou começar falando de anos atrás, se não me falha a memória ele devia ter uns 7 aninhos, que quando questionado sobre o que seria quando crescesse, dizia que iria ser pedreiro. E eu respondia, como toda mãe que quer o melhor para o filho:. _ Pedreiro? Não dá para ser pelo menos Engenheiro Civil?

Brincadeiras à parte, toda e qualquer profissão é digna, pois todo trabalho é edificante, mas parece que os pais querem sempre mais para os seus filhos e eu não era diferente naquela época. A diferença, durante os anos que se passaram, ficou por conta da minha maturidade apenas, que percebi que quem tem que saber o que é melhor para ele é somente ele mesmo. De repente, ele seria feliz como pedreiro, por que não?

Mas pesquisa aqui, pesquisa ali, acabou se decidindo por Engenharia de Materiais.

Filho, que esta sua escolha lhe renda muitos frutos, que o primeiro deles seja satisfação profissional. Não há  coisa mais gratificante e satisfatória do que acordar pela manhã (mesmo que seja bem cedinho), se arrumar para o trabalho e dizer: "estou indo fazer o que gosto". Que isto aconteça com você, pois isto não tem preço!

Quanto a nós, eu, papai e Giovanna, estaremos sempre aqui, o seu ninho continuará sempre arrumadinho, para as visitas quinzenais, depois mensais (pois sabemos bem que outros interesses entrarão na sua vida).

Só queria que você soubesse que pensei muito durante a viagem de volta a Itajubá, no último sábado, quando fomos levá-lo. Pensei em tudo que passamos juntos, em todos os abraços carinhosos que você me deu, em todos os filmes que assistimos, nos quebra-cabeças que montamos e até nas briguinhas que tivemos. Cheguei a uma conclusão: Tudo valeu a pena, tudo aconteceu no momento certo, do jeito certo, na hora certa. Que você saiba aproveitar esta oportunidade única. Tire dela o melhor proveito para sua vida.

Base nós lhe demos, o resto é com você!

Não sei se coincidentemente ou não, este vídeo chegou em minhas mãos hoje e deixo-o aqui. Talvez para exemplificar o "bateu asas".





Meu filho, o meu amor por você vai além da vida, isto você já sabe, mas como já lhe disse várias vezes, vem de outras vidas também. Beijos no seu coração.

Ciça

sábado, 5 de maio de 2012

4 anos se passaram...

Hoje, aqui sentada no tapete da sala, brincando de jogo da memória com a Giovanna, me custa acreditar que ela está fazendo 4 anos.
Parece que foi ontem que o desejo de tê-la surgiu, parece que foi ontem aquela manhã fria de 05 de maio de 2008 em que ela nasceu, parece que foi ontem a primeira festa de aniversário, tudo parece que foi ontem...
O tempo passa muito depressa, voa. Temos que viver intensamente cada segundo, aproveitar cada beijo, cada abraço, cada "mamãe eu te amo".
Temos que brincar de boneca, de fazer compras no mercado, de princesa, de salão de beleza, ler muitas estórias, pois amanhã ou depois ela já estará pedindo minhas maquiagens e não será para brincar... estará pedindo a chave do carro e não será de faz de conta. O tempo vai passar!


Com alguns minutos de vida.

Aniversário de 1 ano.
Parabéns para você minha princesa, não só pelo seus 4 anos, mas pela sua simpatia, pela sua prestatividade, pelo amor que você carrega em seu coração. Continue sempre assim que seu caminho nessa vida será mais fácil de trilhar. Eu, papai e seu irmão Paulinho somos muitos felizes por termos você.

Beijos em seu coração.
Com  o presente novo (máquina registradora), pelo aniversário de 4 anos.

Tarde de aniversário no Parque da Alegria.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Estou me preparando... para o melhor!

Gente amiga, acabei de ver que não escrevo aqui há um ano!
Saibam que não é por falta de ter o que falar e sim pelas atribuições do dia a dia.


Mas vamos lá! Quero falar um pouco sobre o Paulinho durante esse último ano.


Nos primeiros meses do ano passado, meu guri chegou com a singela notícia de que estava apaixonado. Ai meu Deus! foi minha primeira reação. E já veio logo falando que não era "ficante" não, era uma coisa séria e queria trazê-la em casa para que pudéssemos conhecê-la. Coisa séria com 15 anos de idade? - pensei.
Tentei convencê-lo de que não precisava trazer em casa tão cedo, seria melhor esperar um pouco para ver se "a coisa" vingava. Não adiantou. Ele insistiu tanto que em 15 dias  de namoro lá estávamos nós recebendo a namorada do Paulinho em casa.

Minhas amigas leitoras que têm filhos da mesma idade devem estar pensando: Será que ela não ficou com ciúmes? Não amigas, não fiquei, por incrível que pareça, pois eu mesma sempre me imaginei nessa cena me mordendo de ciúmes do meu filho amado. Ao contrário, foi bom vê-lo apaixonado, me fez lembrar dos meus 15 anos e de quantos amores eu jurava serem para sempre, eternos. Ah, os 15 anos, quantos sonhos, quanta ânsia de viver. Mas voltando ao Paulinho, o assunto namorada foi tranquilo. Claro que não durou muito mas enquanto durou foi intenso.


Mais alguns meses se passaram e veio ele com outra novidade. Precisava se inscrever para o vestibular, queria prestar como treineiro pois ainda lhe faltava completar o último ano do Ensino Médio. Fez a primeira fase, fez a segunda e...  passou de "primeira".  Minha reação foi de orgulho, é claro, só que parei para pensar que só tenho mais um ano com meu filho pertinho de mim. Meu bebê cresceu e agora se prepara para bater as asas. Dentre as faculdades escolhidas por ele, teremos no mínimo 400 quilômetros de distância nos separando. Aí sim, a minha ficha caiu e me deu um friozinho na barriga.


Comecei a pensar em tudo que poderíamos fazer juntos no decorrer deste ano, aproveitar cada minutinho ao seu lado, pois depois serão encontros quinzenais ou quiçá mensais. De imediato fui comprar um quebra-cabeça, pois como nós dois adoramos montar, seria algo que nos manteria juntos por um bom tempo. Arrependi-me de comprar o de 1.000 peças, pois montamos rápido demais. Melhor seria ter comprado o de 3.000.




Eu sei que criamos os filhos para o mundo, educamos os filhos para que tenham suas próprias vidas, mas quando esse processo de alçar voo se inicia me dá calafrios só de pensar em ficar sem a presença constante deles. Mas é assim que funciona, fizemos assim também com nossos pais e no final tudo deu certo.


Li um texto certa vez que dizia que os filhos nos são emprestados para que possamos fazer um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos,. de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. 


Pois é isso filho, lhe ensinei o que eu pude, melhorei no que foi possível para lhe dar os melhores exemplos e agora que você começou a bater as asas, que sejam asas fortes, que voem alto e longe, mas saiba que para mim você estará sempre pertinho, bem aqui,  dentro do meu coração.


Te amo filho.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ser mãe... by Ciça.


Ser mãe é padecer no paraíso? Não para mim! Tenho uma versão um pouco diferente.

Ser mãe para mim é trocar as caminhadas matinais na principal avenida do bairro por mil voltas em volta da casa com a bicicleta nova da filhinha e ver a cara de felicidade dela.

Ser mãe é trocar os “n” cremes da vida, por um único bloqueador no rosto, que seja possível aplicar em menos de um minuto, para poder correr ao encontro da pequena que chama incansavelmente.

Ser mãe é assistir 52 vezes Monstros S.A. e nem reclamar. Muito pelo contrário, esperar ansiosa pelo aparecimento da Boo só para ver “aquele sorriso” estampado no rosto da pequena.

Ser mãe é fantasiar a pequena de bruxinha no carnaval e achar que ela é a mais linda princesa do melhor conto de fadas que você já viu.

Ser mãe é dividir a cama com aquela pequena criatura que sempre pede para ficar mais cinco minutinhos e esses cinco minutinhos nunca são o suficiente para ela.

Ser mãe é ficar feliz em conseguir lavar pelo menos o banheiro porque o resto da casa... ah, o resto da casa dá para passar assim mesmo! O importante é ficar com ela a manhã inteira, pois a tarde ela vai para a escolinha.

Ser mãe é dar para uma amiga todas as flores que foram plantadas com o maior carinho. Melhor assim do que vê-las morrendo de sede, pois a semana passou e não deu tempo de regá-las. Pensando bem, sem flores vai sobrar mais tempo para ficar com a pequena.

Ser mãe é trocar a leitura de um Best-seller por histórias de fadas e bruxas, com um detalhe, ter que ler mais de uma vez cada uma delas. Mas é tão gratificante quando a pequena interrompe e acaba de contar, sozinha, o final de uma história...

Ser mãe é brincar de guerra de nariz, segredinhos e cortininha. É brincar de amigas e pedir a Deus que a conserve sua amiga pelo resto da sua vida.

Ser mãe é chorar de emoção ao ouvir da filha: “Ti amo cinco montão, do fundo do coração”.

E aí eu pergunto: Ser mãe tem explicação?