quarta-feira, 7 de março de 2012

Estou me preparando... para o melhor!

Gente amiga, acabei de ver que não escrevo aqui há um ano!
Saibam que não é por falta de ter o que falar e sim pelas atribuições do dia a dia.


Mas vamos lá! Quero falar um pouco sobre o Paulinho durante esse último ano.


Nos primeiros meses do ano passado, meu guri chegou com a singela notícia de que estava apaixonado. Ai meu Deus! foi minha primeira reação. E já veio logo falando que não era "ficante" não, era uma coisa séria e queria trazê-la em casa para que pudéssemos conhecê-la. Coisa séria com 15 anos de idade? - pensei.
Tentei convencê-lo de que não precisava trazer em casa tão cedo, seria melhor esperar um pouco para ver se "a coisa" vingava. Não adiantou. Ele insistiu tanto que em 15 dias  de namoro lá estávamos nós recebendo a namorada do Paulinho em casa.

Minhas amigas leitoras que têm filhos da mesma idade devem estar pensando: Será que ela não ficou com ciúmes? Não amigas, não fiquei, por incrível que pareça, pois eu mesma sempre me imaginei nessa cena me mordendo de ciúmes do meu filho amado. Ao contrário, foi bom vê-lo apaixonado, me fez lembrar dos meus 15 anos e de quantos amores eu jurava serem para sempre, eternos. Ah, os 15 anos, quantos sonhos, quanta ânsia de viver. Mas voltando ao Paulinho, o assunto namorada foi tranquilo. Claro que não durou muito mas enquanto durou foi intenso.


Mais alguns meses se passaram e veio ele com outra novidade. Precisava se inscrever para o vestibular, queria prestar como treineiro pois ainda lhe faltava completar o último ano do Ensino Médio. Fez a primeira fase, fez a segunda e...  passou de "primeira".  Minha reação foi de orgulho, é claro, só que parei para pensar que só tenho mais um ano com meu filho pertinho de mim. Meu bebê cresceu e agora se prepara para bater as asas. Dentre as faculdades escolhidas por ele, teremos no mínimo 400 quilômetros de distância nos separando. Aí sim, a minha ficha caiu e me deu um friozinho na barriga.


Comecei a pensar em tudo que poderíamos fazer juntos no decorrer deste ano, aproveitar cada minutinho ao seu lado, pois depois serão encontros quinzenais ou quiçá mensais. De imediato fui comprar um quebra-cabeça, pois como nós dois adoramos montar, seria algo que nos manteria juntos por um bom tempo. Arrependi-me de comprar o de 1.000 peças, pois montamos rápido demais. Melhor seria ter comprado o de 3.000.




Eu sei que criamos os filhos para o mundo, educamos os filhos para que tenham suas próprias vidas, mas quando esse processo de alçar voo se inicia me dá calafrios só de pensar em ficar sem a presença constante deles. Mas é assim que funciona, fizemos assim também com nossos pais e no final tudo deu certo.


Li um texto certa vez que dizia que os filhos nos são emprestados para que possamos fazer um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos,. de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. 


Pois é isso filho, lhe ensinei o que eu pude, melhorei no que foi possível para lhe dar os melhores exemplos e agora que você começou a bater as asas, que sejam asas fortes, que voem alto e longe, mas saiba que para mim você estará sempre pertinho, bem aqui,  dentro do meu coração.


Te amo filho.